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ngua Nua

Casa Z42 is located in the Cosme Velho neighborhood, a few meters from the train station in the direction of Cristo Redentor. The house of eclectic architecture from the 1930s, houses nine studios for artists, Galeria Z with five exhibition halls, in addition to the auditorium, garage (multipurpose space) and an open-air space with an attached stage. In order to create a living body, where art breathes and is constantly disseminated, Z42 operates in the contemporary art scene in its various interdisciplinary and transversal aspects, by contemplating in its spaces the various existing contemporary artistic languages ​​and its conceptual developments.

Its 1,500 m2 is filled with fullness by contemporary art through experiments, courses, workshops, seminars, lectures, gastronomy, cinema, theater and exhibitions. Inserted in the cultural circuit of the city of Rio de Janeiro, house Z42 seeks, through its activities, to interact with the public and provide diverse experiences.

 

The house is open to the public for free visitation. Opening hours: Monday to Friday from 12h to 17h.

Silêncio, Palmas! 

Cessa o teu apelo,
Sucesso! 

               Um só plano:

Mesa e cotovelo, 

Cala-te festa!

Coração, contém-te!

Cotovelo e testa.

Cotovelo e mente.

...

Marina Tzvietáieva, 1926

 

Trouxe uma amiga para vir comigo neste texto, e a trouxe com o trecho deste poema que, como este texto não tem título. Uma amiga de palavras, parceira na escrita mas não no espaço-tempo. Marina trazia as palavras no corpo e o corpo nas palavras. E com elas, as palavras, venho desejar uma troca escandalosa, brilhante, cheia de momentos, meio termos, trocadilhos, embaraços, sorrisos de cantos de boca e poucos segredos.

Com os trabalhos da exposição a língua é falada, e atravessada. A quantidade é a qualidade, os cartazes são chamamentos aos corpos e esses corpos se atravessam e nos convidam a quase tocar. Em momentos que o tocar é proibido, esta exposição é como um trem que nos convida a entrar em cada vagão, cada obra, cada força que nos trouxe aqui.

 

Caroline Valansi atravessa a manutenção da pornografia para a revolução erótica. Manutenção como produção e reprodução de valores mercantis em relação à certos corpos, atos, comportamentos e poderes e Revolução no atravessamento sem pedir licença, na sensação misturada, de visão e tato aguçando paladar e audição. Nos trabalhos, o desejo, sua mão e olhar nas escolhas para nos mostrar. Explícita lícita.

 

Que silencio maravilhoso, esse olhar úmido, suave, ritmado, gostoso que Caroline traz. Outras regras, discussões e usos. Outros desfrutes. Sem cortes, mas aberturas para o que só pode estar lá por conta dela mesma, a artista, a fazedora de desejos. Uma ação de convite cheios de sim, intimidade com o material, traz para quem observa uma memória de histórias que podemos viver no agora e no futuro.

Vamos atravessar?

Língua Nua

Caroline Valansi, obrigada pelo convite.

Keyna Eleison

Curadora

Texto curatorial

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