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Tudo no Mundo é Gente

Benoit Fournier

Curadoria: Bruna Costa e Ulisses Carrilho

Sopro: Ernesto Neto

Release

No dia 21 de outubro, a partir das 18h, será apresentado ao público mais uma gaveta desta nova produção artística de Benoit Fournier, com 15 obras, três instalações, uma projeção e o sopro do artista Ernesto Neto, que escreveu o poema “Arte Benoit”, especialmente para o amigo.

 

"Essa exposição propõe repensar nossa re-conexão com a natureza e com nós mesmos. É um convite para que nos sintamos vivos afinal, tudo se movimenta em um fluxo de cores, seres e corpos interligados", explica Benoit Fournier.
 

No centro da exposição se encontra a instalação A Planta é o Corpo, a raiz mãe renascendo e se transmutando das cinzas, conectada ao universo por um cordão umbilical, ligando todos os seres. As raízes vermelhas são como uma extensão das veias, o sangue das plantas, as nossas seivas que permitem a comunicação entre nós seres vivos: humanos, animais, vegetais, minerais, rios...Para o artista, estamos todos conectados, tudo é conexão.

 

Numa espécie de jogo curatorial, com o intuito de tornar explícitas as preocupações do artista em relação à urgência da vida e seus fluxos, a curadora Bruna Costa, responsável pela primeira configuração da mostra, convidou Ulisses Carrilho, também curador, para reconfigurar a exposição.

 

“Em franco diálogo, a ideia é exercitar negociações e coletividades nas tomadas de decisão. Evidenciar que "tudo no mundo é Gente" parte de uma compreensão complexa da interrelação entre sujeitos e objetos, ideias e sensações, fatos e ficções. Como um segundo capítulo ou movimento, a mostra reanima-se: trata-se não apenas de mudar as coisas de lugar, senão de sublinhar que nada é fixo e tudo está em movimento. O próprio poema-sopro do artista Ernesto Neto, presente desde a primeira mostra, já assinalava a importância de exercitar fricções, diálogos e interferências”, afirma o curador Ulisses Carrilho.

 

No dia 7 de setembro, também com a curadoria de Bruna Costa, Benoit Fournier abriu a exposição Sangue Verde, Terra Preta, Alvos Vivos, uma mostra individual que apresentou parte da recente produção do artista na galeria Z42 Arte, onde fica seu ateliê.

São destaques da mostra Tudo no Mundo é Gente”, as obras: “O alvo é a terra”, Raiz, terra preta, flecha, pena de arara, nylon (35x40x15 cm), “O pássaro”, galhos e raiz (140 x 150 diâmetro cm) e “Xikuvimi”, uma fotografia de uma parte da instalação Espirito das plantas, que é composta por estruturais vegetais da planta Adiantum capiaus-generis, combinadas às impressões sobre folhas de fotos feitas com os povos indígenas Huni Kuin, Yawanawá e Guarani.  A ocupação cobre grande parte do teto levemente abobadado do espaço expositivo, criando uma sensação de imersão em um ambiente místico e contemplativo.

“Se, na contemporaneidade, a arte tenta deslocar-se de uma construção histórica sacralizada para retomar sua relação com a vida e com o cotidiano, essa consciência não pode prescindir de epistemes que não criaram essa separação cartesiana entre arte e vida. Daí a vontade do artista de trazer elementos de uma dita natureza, não apenas nas formas, temas e materiais, mas o âmago mesmo de tudo que faz.  Pego emprestado o termo que Ernesto Neto usa para referir-se a Benoit: “plantartista”, um ser que produz uma arte meio vegetal, meio técnica. E essa simbiose faz jus ao que se materializa nestes ambientes, afirma a curadora Bruna Costa.

 

Em 2013, Benoit ganhou o Prix Photo Web da Aliança Francesa com o ensaio Terra d’água. E atualmente além do apoio para esta exposição, Benoit e a Aliança Francesa estão desenvolvendo conteúdo de oficinas de arte para um público jovem.

 

Também em outubro, em seu ateliê na galeria da Z42 Arte, Benoit inaugura o Programa de oficinas artísticas para Crianças, com convidados que dialogam com a sua arte. Segundo ele, será uma introdução ao mundo das tintas naturais. A atividade irá ensinar como fazer tintas com pigmentos naturais, utilizando somente materiais orgânicos, tudo de forma intuitiva, observando a natureza. Uma proposta de experimentação, para levar as crianças a criarem suas próprias cores e interagir com o meio ambiente, sempre com muito respeito pela natureza.

 

No dia 30 de outubro, às 12h, o convidado para as oficinas infantis é o artista carioca Rona, que vive e produz suas artes em seu espaço criativo "gÁz", localizado na Boca do Mato, uma comunidade do bairro do Lins e Vasconcelos. Junto com Benoit, ele conduzirá as crianças do Projeto Porta Azul, onde Rona desenvolve atividades para as crianças de sua comunidade e onde vive há muitos anos.

 

“Neste dia, será uma Oficina sensorial de tintas naturais com as crianças do projeto do meu amigo artista Rona.  A ideia da oficina é se reaproximar da natureza e criar com ela. Conectar-se, permitir-se, viver o momento presente, experimentar o novo, o contato com a natureza. ”, diz Benoit.

 

RONA, Artista Carioca, vive e produz no LINS. Sem formação, como ele mesmo diz, vem se formando com a Liberdade que sempre buscou para criar! Suas Criações Visuais surgem ou da escrita ou do próprio corpo, sendo interpretadas em Vários campos: Pinturas, Desenhos, Figurinos, Cenários, Bordados, Instalações, Videos… Seu espaço criativo chamado "gÁz" na Boca do Mato/Lins é seu Terreiro Fazedor de Arte, onde realiza as Oficinas da PORTA AZUL com atividades para as crianças de sua Comunidade.

A oficina é para crianças de 6 a 10 anos. A Capacidade é de até 8 crianças, mediante agendamento prévio, através do número: (21) 9 86335916.

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